Um dos temas mais polêmicos da atual pauta legislativa, a reforma administrativa divide líderes da Câmara e do Senado e tem futuro incerto.

Congresso em Foco
23/10/2020

Um dos temas mais polêmicos da atual pauta legislativa, a reforma administrativa divide líderes da Câmara e do Senado e tem futuro incerto. Pesquisa com lideranças do Congresso feita pelo Painel do Poder, ferramenta de pesquisa do Congresso em Foco, mostra um elevado grau de concordância entre os entrevistados de que é necessário algum tipo de reforma no serviço público. No entanto, a avaliação preponderante entre eles é de que dificilmente uma proposta dessa natureza será aprovada este ano pelo Parlamento.

>Governo promove revogaço de normas trabalhistas

A pesquisa mostra que a concordância dos líderes com a reforma administrativa é de 3,30, diante de 2,38 de chances de aprovação – em uma escala de 1 a 5. Os parlamentares revelam seu pragmatismo e senso de avaliação das condições dadas pelo cenário político, o que explica uma visão tão diferente entre concordância e possibilidade de aprovação.

As principais informações deste texto foram enviadas antes para os assinantes dos serviços premium do Congresso em Foco. Cadastre-se e faça um test drive.

“Essa discrepância é também um sinal do nível de polêmica implicado no assunto. O Estado brasileiro tem uma presença crescente na vida nacional, o que torna natural o aumento das cobranças com relação a tudo o que dá errado na vida de cada um. Se a Constituição de 1988 desenhou um Estado de bem-estar social, quando o bem-estar falta, a culpa é do Estado”, explica o economista e pesquisador do Painel do Poder André Rehbein Sathler.
Fonte: Painel do Poder/Congresso em Foco

 

 

 

 

 

Porém, a percepção dos parlamentares de que é necessária uma reforma administrativa não converge para uma aceitação de que seja feito qualquer tipo de reforma. A estabilidade dos servidores públicos é um exemplo.

De acordo com o Painel, sete em cada dez líderes consideram a estabilidade importante para a administração pública, reconhecimento feito até por parcela daqueles que defendem sua extinção, bem como de um Estado mais enxuto. Em escala de 1 a 5 – em que quanto maior o número, maior é a concordância com a pergunta – o fim da estabilidade alcançou média de 2,54.

Para ver a notícia na fonte, clique AQUI.